Pai Oxalá
“ Quem tiver a fé do tamanho de um grão de mostarda
removerá montanhas”
Jesus Cristo
A fé é o atributo
principal de nosso Pai Oxalá. A fé não se ensina, ela é buscada ou
fortalecida no intimo da cada um. Não é fanatismo e não é apenas um
sentimento; é um estado mental consciente e racional; é o reconhecimento do ser
como criatura divina; é o elo com o divino criador. Nosso amado Pai Oxalá é, em
si mesmo, essa qualidade Divina da Fé.
A fé é a consciência das
faculdades que trazemos adormecidas em nosso intimo, que precisam germinar e
crescer. Ela é a principal via evolutiva, pela qual trazemos o céu para a
terra, sem precisar aguardar a morte do corpo físico para chegar até Deus. Com
Fé temos Ele vivo, atuante, vibrante e gratificante em nós mesmos.
A fé se fundamenta em
três pilares essenciais, que fortalecem o ser para que tenha bom êxito naquilo
que quer, precisa ou pelo qual luta: crença, confiança e certeza. Na fé não
existe duvida, ou se crê ou não se crê. Se confiarmos em Deus, positivamente e
com otimismo, atraímos forças criadoras do Universo. Com a sólida certeza de
que Deus está em tudo, presente na nossa vida.
A sintonia com o
Altíssimo pela fé, gera um campo magnético de proteção, força interior, paz e
equilíbrio, fazendo com que a força mental e espiritual se manifeste e se
realize. Essa sintonia necessita de corações limpos, simples, corajosos e
repletos de fé no divino criador Olorum. Os mecanismos da fé são ativados a partir
do intimo de cada um ou se seu exterior. Ela se fundamenta com atitudes para
conosco e para com nossos semelhantes.
Pai Oxalá é um
Orixá celeste, sua essência e vibração faz parte da coroa divina sustentadora
do planeta, portanto é um orixá irradiante, ou seja Pai Oxalá irradia fé o tempo todo.
O Trono masculino da fé,
Oxalá, é facilmente encontrado em várias culturas, na umbanda foi sincretizado
com Jesus Cristo, símbolo da fé viva e encarnada. Na Grécia ele é Apolo,
na Índia é Brahma, no Hinduismo é Varuna e no Egito é Rá.
Mãe Oyá
“É na eternidade do Tempo e na infinidade de
Deus que todas as evoluções acontecem”
Rubens Saraceni
Oyá é a Orixá regente do
Tempo e seu campo de atuação é a religiosidade. Mãe Oya, tal com seu par Pai
Oxalá, atua pela fé e está em tudo, em todos os lugares e todos os seres. Ela é
em si mesma a religiosidade dos seres e é ordenadora do caos religioso.
Tempo é a cronologia
Divina, é o meio onde tudo se realiza, pois na fica fora dele. Mãe Oyá atua no
passado, presente e futuro, é a espiral sem fim que gira em duplo sentido e um
dos seus atributos é a Lei do Carma. O giro no sentido horário cria uma ação positiva
e ordenadora; no sentido anti-horário é esgotador, divisor, desmagnetizador. Na
umbanda Mãe Oyá foi diferenciada de Mãe Iansã. Mãe Oyá atua exclusivamente no
campo religioso e da religiosidade dos seres, enquanto Mãe Iansã, atua em todos
os campos, na ordenação, aplicando a lei, envolvendo todos os sentidos.
Mãe Oyá e Pai Oxalá dão
suporte a todas as manifestações de fé. Enquanto Pai Oxalá é irradiante, Mãe
Oyá é orixá cósmico
e absorvente.
A atuação da mãe Oyá nos
seres é simples, quando alguém pratica uma fé desvirtuada ou emocionada ela
paralisa e desmagnetiza a fé ou a religiosidade. Caso a fé esteja apática, sem
sentido, ela atua ativando a fé dos seres.
O trono feminino da fé,
Mãe Oyá, é encontrada em varias culturas, na umbanda é sincretizada com Santa
Clara, na Grécia é Éos ou Andrômeda, no hinduismo é Tara, no Egito é Nut , etc.
Mamãe Oxum
“ Ainda que eu falasse a língua dos homens, e que eu
falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria”
Jesus Cristo - carta aos Corintios Cap.13 vs 1
Mamãe Oxum é considerada
a mãe do amor, da concepção, da afetividade, do carinho e da comunhão.É por ela
que flui o Amor de Pai Olorum.Além de ser o orixá do amor, mamãe Oxum agrega e
dá inicio ás coisas na vida dos seres. É Oxum quem mostra como tudo tem inicio
no universo, é através do seu fator agregador que átomos e moléculas se juntam
(agregam) dando origem a tudo que nos rodeia. A energia de Mamãe Oxum está
presente em todos os seres e em toda a criação.
Mamãe Oxum simboliza o
amor que gera, concebe, cria e inova as perspectivas dos seres. Sua irradiações
estão presentes também na fertilidade e na fecundidade, que dão continuidade a
vida dos seres.
O amor é uma conquista
pessoal, como o amor fraterno, o amor por outra pessoa, pela religião, etc. É
vencer egos, conceitos e preconceitos. Uma vez conquistado, nenhuma força
negativa conseguirá tirar ou fazer-nos perder esse sentimento. Mas para que
isso se intensifique e se fortifique em nós, devemos sempre estar em sintonia e
afinidade com Mamãe Oxum. Essa sintonia irradia uma camada vibracional, que
estruturará em nós sentimentos puros, determinação, paz interior, equilíbrio e
principalmente força de vontade para entender e perdoar o próximo. Fortalecerá o
mental e a espiritualidade de cada um, criando a nossa volta um escudo
protetor, fazendo com que o amor se manifeste e se realize, gerando a
fraternidade. O amor sempre esteve presente em nossas vidas, mesmo que nunca
tenhamos percebido. Voltemo-nos de frente a mamãe Oxum e recebamos, a partir de
hoje, toda a sua irradiação de amor e comecemos a amar a toda a criação, a
nossa família, as pessoas que fazem parte de nossas vidas, os lugares que
freqüentamos e, principalmente nossa religião que é a Divina Umbanda Sagrada.
Vamos lembrar que mamãe Oxum é conhecida também como a Dona do Ouro, uma vez
que o verdadeiro ouro da espiritualidade é o amor e através dele atraímos toda
prosperidade, tanto para a materia quanto para o espírito.
O Trono Feminino do Amor,
mamãe Oxum, é encontrada em varias culturas, na Umbanda é sincretizada com
Nossa Sra da Concepção ou Nossa Senhora Aparecida. Na Grécia ela é Afrodite, no
Egito é Isis.
Pai Oxumaré
Quando
eu trouxer nuvens sobre a terra e nelas aparecer o arco-íris,
então me lembrarei da minha aliança com vocês e com os seres vivos de todas as espécies.
Gênesis 9:14,15
então me lembrarei da minha aliança com vocês e com os seres vivos de todas as espécies.
Gênesis 9:14,15
Renovar significa tornar
novo, modificar, recomeçar, brotar. A renovação dos seres é o campo de atuação
de Pai Oxumaré, que é representado pelo arco-íris. Pai Oxumaré é a
renovação continua, em todos os sentidos na vida de um ser.
Pai Oxumaré é um orixá
cósmico, atua também diluindo energias, sentimentos, pensamentos negativos. Pai
Oxumaré tem grande poder na diluição e anulação de vícios em todos os sentidos
(vícios de bebida, drogas, sexualidade, etc.), por isso é um orixá absorvedor,
retirando da vida dos seres todo tipo de interferência ou conduta negativa.
Absorvendo e diluindo todas as formas de negativismo os seres ficam prontos
para a renovação, para o recomeçar, e livres de seus vícios e negativismos
torna-se apto a receber as irradiações dos outros tronos de Deus, ai a
simbologia do arco-íris quer dizer que pai Oxumaré renova os seres trazendo
para a vida deles as sete irradiações divinas (fé, amor, conhecimento, razão,
lei, evolução e geração).
O Trono Masculino do
Amor, Pai Oxumaré é encontrado em varias culturas, na Umbanda é sincretizado
com São Bartolomeu, que aparece enrolado em uma cobra até a cintura. Na Grécia
ele é Eros , para os Romanos é o Cúpido e no hinduismo é Kâma.doce (bicas,
minas, etc)
Pai Oxossi
“Deus não impôs aos ignorantes a obrigação de
aprender, sem antes ter tomado dos que sabem o juramento de ensinar”
O conhecimento é um dos
alicerces básicos para continuarmos ou começarmos a nossa evolução, seja
material ou espiritual. Nós o adquirimos com os fatos que acontecem em nossa
vida, segundo o nosso grau de merecimento e o nosso grau de evolução. Olorum,
conhece a todos os seres e criaturas da sua criação se manifesta no
conhecimento, por intermédio Do orixá Oxossi. Muitas vezes sentimos um vazio
dentro de nós e nada que procuramos adianta para preenche-lo. Mas, se nos
depararmos com uma religião completa em si mesma, como é a Umbanda, se nosso
interesse é despertado começamos a estuda-la profundamente, abre-se para nós um
leque tão grande de conhecimentos acerca de toda a criação, que em pouco tempo
estaremos incorporados a essa nova realidade e aquele vazio será preenchido.
Mas, se usarmos esse conhecimento para o lado errado das coisas seremos
paralisados em nossa evolução e bloqueados para aprender novas coisas.
Pai Oxossi é mesmo o
conhecimento divino que ensina todas as pessoas a se conhecerem. É o orixá que
irradia essa qualidade o tempo todo. O orixá Oxossi é o mistérios doutrinador
por excelência e faz com que busquemos a compreensão e fixação do saber. OXO
significa caçador, e OSSI significa noturno, logo Oxossi significa caçador
noturno. É o Orixá caçador, que caça e busca o conhecimento, que leva as
pessoas o saber ordenado e sem desvirtuamento das doutrina divinas. Ele é o orixá
que traz o alimento da fé e do saber religioso, tanto para os espíritos menos
iluminados, quanto para os iluminados. Quando Oxossi atira a sua flecha, ele
não erra o alvo e traz na ponta dela o conhecimento doutrinário para não haver
estagnação mental das pessoas. Oxossi irradia duas linhas de ação: uma estimula
o ser a buscar o conhecimento e a outra a usar o conhecimento em beneficio das
pessoas. Oxossi também irradia as vibrações de cura e também é conhecido como
grande cultivador e semeador, trazendo assim a fartura para a vida dos seres.
O
trono masculino do conhecimento, ou Pai Oxossi, é encontrado em varias
culturas, na Umbanda ele é sincretizado com São Sebastião, na Grécia é Quiron,
das divindades romanas é fauno, no Egito é o deus Thoth o senhor da sabedoria.
Mãe Obá
“A verdade vos libertará”
Jesus Cristo
Mãe Oba é uma divindade
gerada em Deus na sua qualidade concentradora, que dá consistência e firmeza a
tudo que cria. Ela é o elemento terra que dá sustentação e germina as sementes
do conhecimento. Nossa amada Mãe Oba atua como concentradora do raciocínio dos
seres e atua sobre a vida de todos os que dão mau uso ao dom do raciocínio e os
conhecimentos que adquiriram. Ela é a qualidade divina que esgota os seres cujo
raciocínio se desvirtuou, gerando falsos conceitos religiosos paralizadores da
evolução e desequilibradores da fé. Como orixá cósmico ela atua sempre que é
preciso acelerar a paralização de um ser que, com seus conhecimentos, está
prejudicando muitas pessoas e atrapalhando suas evoluções, seguindo uma direção
contraria a que a Lei Maior lhes reservou. Mãe Oba pune com rigor os
sarcásticos, os sátiros que brincam com as coisas sagradas.
Ela nos livra da
confusão, das duvidas, da má compreensão e dos erros.
Ajuda a manter firmes
nossos objetivos, o raciocínio e a determinação.
O trono feminino do
conhecimento, Mãe Obá, é encontrada em varias culturas, na Umbanda é
sincretizada com Santa Joana D’arc, embora pela historia também podemos
relaciona-la com Iansã ou Oya, porém o sincretismo de Mãe Oba com Santa Joana
D’arc se dá pelo fato de Oba ser uma divindade guerreira. Na Grécia é Demeter a
deusa das colheitas, como deusa romana é Minerva que rege a sabedoria, para os
Incas é Pachamama que é a mãe da terra.
Pai Xangô
“ Semeai para vós a justiça, ceifai segundo a
misericórdia” Jer. 4:3
Pai Xangô é o orixá da
justiça e seu campo de atuação é a razão, despertando nos seres o senso de
equilíbrio e racionalidade, pois só conscientizado e despertado para os valores
reais da vida a evolução pode fluir continuamente.
A irradiação da Justiça
Divina é uma onda que nasce em Deus e alcança tudo e todos. Pai Xangô é o pólo
positivo desta onda que equilibra tudo desde a criação do universo até os
sentimentos dos seres. Ele é irradiação continua e chega a todos, não deixa
nada nem ninguém sem o amparo da Justiça Divina. Ele gera e irradia a chama da
Justiça Divina que aquece o racional dos seres e abrasa os sentimentos íntimos
relacionados com as coisas da justiça e da razão.
Pai Xangô atua através do
mental e zela pela harmonia e pelo equilíbrio na caminhada evolutiva dos seres.
É fundamental para a nossa evolução o desenvolvimento do senso de justiça , da
razão, do equilíbrio, do juízo e de posturas sensatas, deixando um pouco de
lado a emotividade e o instinto. Quem absorve a qualidade de Pai Xangô,
torna-se racional, ajuizado, ótimo equilibrador do meio e dos que vivem a sua
volta. A escolha racional nos leva ao equilíbrio da alma, pelo conhecimento da
Lei que nos rege e nos diz o que é certo ou errado na vida. Se trilharmos nosso
caminho no equilíbrio da Lei e da Razão iremos adquirir uma fé inabalável e
nada do que realizarmos em nossa vida terá sido em vão, pois aqueles que se
tornam conhecedores da Lei e da Razão não se incomodam em beneficiar seus
semelhantes sem esperara nada em troca, a servir sua família e seu
circulo de amizades, servir a sua comunidade religiosa e principalmente
servir a Deus.
O trono masculino da
justiça, Pai Xangô é encontrado nas diversas culturas universais, na Umbanda é
sincretizado com São Geronimo. Na Grécia é Zeus, deus dos raios e trovões, no
Egito é Horus, no Hinduismo é Shiva o deus que forma a terceira pessoa a
trindade hindu (Brahma, Vishnu e Shiva), conhecido também como divindade nódica
Thor representando o trovão e a justiça.
Mãe Egunitá
“Não há no mundo outro agente de purificação igual a
chama da verdade espiritual.”
Bhagavad Gitã
Mãe Egunitá é a regente
do fogo e da justiça divina, purifica os excessos emocionais dos seres
desequilibrados, desvirtuados e viciados. Ela é uma divindade de natureza
justiceira. O fogo de Mãe Egunitá, consumidor dos vícios e dos negativismos é
temidissimo pelos seres que habitam as faixas vibratórias negativas. Esse fogo
consome as energias dos seres negativados e desequilibrados, reduzindo a chama
interior de cada um (energia ígnea) a níveis baixos, paralizando-os e anulando
seus vícios emocionais e desequilíbrios mentais. Além de purificar os vícios,
negativismos e desequilíbrios, ela purifica também os ambientes religiosos e
residenciais, alem de purificar o intimo dos seres. Para essa mãe atuar em
nossa vida basta que nos tornemos irracionais ou desequilibrados. O fogo é um
elemento temido. Mãe Egunitá, no hinduismo é conhecida como a deusa Kali,
divindade temida por aueles que desconheciam os mistérios e o poder do fogo. As
energias de Mãe Egunitá propagam-se em forma de fagulhas ígneas que começam a imantar
tudo o que está desequilibrado, até que se forme uma grande condensação
magnética ígnea (como lava de vulcão), ai surgem as labaredas cósmicas que
consomem os desequilíbrios, anulando sua causa e paralizando quem estava
desequilibrado. Esse fogo purificador de Egunitá tem poder de purificar, de
consumir tudo onde se condensou e, em certos casos fica apenas um vazio cósmico
onde o fogo atuou.
O trono Feminino da
Justiça, Mãe Egunitá é encontrada em diversas culturas universais, na Umbanda é
sincretizada com Santa Sarah também padroeira dos Ciganos. Na Grécia é a
deusa Hestia, no Hinduismo é Kali divindade da purificação, como divindade
celta é conhecida como Brighid deusa do fogo.
Pai Ogum
“Deus é a lei e a lei nos guia”
A Lei Maior é o campo de
atuação de Pai Ogum, que ordena os procedimentos, os processos e as normas
ditadas pelo Divino Criador. A Lei da Umbanda é essa Lei de Deus, justa e
poderosa. As outras Leis estão dentro dela: carma, reencarnação, causa e
efeito, afinidades, todas regidas por Pai Ogum.
Pai Ogum é a divindade
que aplica a Lei Maior em tudo e em todos; ele é o comandante das batalhas
celestes, sempre vigilante e imparcial pronto a agir, anulando tudo que for
contra ela.
Pai Ogum é o senhor do
movimento, o senhor dos caminhos, o senhor das estradas, o senhor que quebra as
demandas, que arrebenta as amarras e nos liberta. Ele faz nossa vida se
movimentar e, como bom ordenador, coloca as prioridades na frente, na hora
certa. Ele ordena a fé, o amor, o conhecimento, a razão, a evolução e a
geração, assim está atuante em todas as qualidades divinas.
Pai Ogum é o guardião do
ponto de força que mantem o equilíbrio entre o alto e o embaixo.
Os caminhos são o seu
ponto de força. Pai Ogum é o vigilante do caminho daqueles que dedicam sua vida
para o bem, mas vigia, tanto os caminhos para cima como para baixo. Ele é o
escudo protetor e luta para não deixar cair quem ele está protejendo.
O trono masculino da Lei,
Pai Ogum, é encontrado em diversas culturas universais, na umbanda é sincretizado
com S. Jorge. Na Grécia é Ares, filho de Zeus, deus da guerra. No
Hinduismo é Vishnu, a segunda pessoa da trindade Hindu.
Mãe Iansã
“As preces direcionadas a Olorum são ouvidas e nos
colocam em sintonia direta com as divindades encarregadas de executar a Sua
vontade”
O direcionamento é uma
das qualidades de Deus, presente e ativo em tudo o que ele cria e gera, tanto
animado quanto inanimado. Mãe Iansã é em si mesma essa qualidade do Divino
Criador, ela é o próprio sentido de direção da Lei. É a aplicadora da Lei e
ordenadora dos seres emocionados, esgotando seus desequilíbrios e vícios,
direcionando-os e abrindo-lhes novos campos, por onde evoluirão de forma menos
emocional.
Mãe Iansã é a divindade
da lei cuja natureza é eólica, daí ser chamada de senhora dos ventos e das
tempestades. Ela é o vendaval que desaba e a ventania que tudo faz balançar.
Ela é o próprio sentido da direção da Lei e atua na vida do ser quando a
direção que ele este esteja dando a sua evolução e a sua religiosidade não siga
a linha reta traçada pela Lei Maior. Ela é o ar que areja o nosso emocional e
proporciona um novo sentido da vida e uma nova direção ou meio de vida,
renovando a fé na mente e no coração dos seres.
A essa mãe devemos pedir
o nosso encaminhamento correto no encontro de novos
empreendimentos,conhecimentos, religião, novas condições de vida, etc. como
guardiã dos mistérios de Deus, ela anula as injustiças e dilui os acúmulos
emocionais. Como divindade cósmica, ela tem como atribuição atrair
magneticamente os espíritos negativos, recolhe-los em seus domínios e rete-los,
até que esgotem seus negativismos, para só devolve-los as faixas neutras, de
onde serão redirecionados para a luz ou para a reencarnação.
O trono feminino da lei,
Mãe Iansã, é encontrada nas varias culturas universais, na umbanda é
sincretizada com Santa Barbara. Na Grécia é Themis, guardiã da justiça.
Pai Obaluaiê
“Evolução é a única razão básica da existência do
ser. Existimos para evoluir”
Pai Obaluaiê é o orixá
que atua na evolução dos seres. Pai Olurum cria e tudo gera, criou qualidades
de estabilidade e evolução. Sem estabilidade nada se sustenta e sem transmutação
tudo fuça parado.
Evoluir significa
crescer, aprimorara, lapidar, transformar, crescer mentalmente, passar de um
estagio para outro, reposição constante de valores, deixando para trás
conhecimentos ultrapassados, hábitos e costumes inadequados, atitudes e
posturas velhas e decadentes. Pai Obaluaiê é o orixá que desperta em cada um de
nós a vontade irresistível de seguir adiante, de alcançar um nível de vida
superior, para chegar mais perto de Deus. Ele é o orixá do bem-estar, da busca
de melhores dias, de melhores condições de vida, de sabedoria e razão.
Pai Obaluaiê é o pai que,
junto com Nana Buruquê sinaliza as passagens de um estagio de evolução para o
outro.
Pai Obaluaiê é o senhor
das passagens de um plano para o outro, de uma dimensão para a outra e
vice-versa. É o orixá da cura, material e espiritual.
Na Umbanda Pai Obauaiê é
conhecido como o senhor das almas, dos meios aceleradores de sua evolução.
Quando Pai Obaluaiê incorpora em um médium e gira no Templo todos sentem uma
serenidade e um bem estar intenso, pois ele traz a estabilidade, a calmaria e a
vontade de avançar para mais perto de Deus. Esse Pai rege a linha das
almas ou corrente dos Pretos- velhos, que traz sua essência medicinal. Muitas
pessoas se curam através das energias e irradiações de Pai Obaluaiê. O ponto de
força de Pai Obaluaiê é o cemitério ou campo santo, uma vez que esses são os
pontos de transição do espírito quando ele deixa a matéria e passa para o plano
espiritual.
O
trono masculino da evolução, Pai Obaluaiê, está presente nas diversas culturas
universais, na Umbanda é sincretizado com São Lazaro. No Egito é Osíris
divindade que vivencia o mundo dos mortos.
Mãe Nana Buruquê
“A sabedoria nos acomoda e revela os mistérios
ocultos e sagrados”
A divindade que acompanha
o nosso fim na carne, assim como nossa estrada, em espírito ,no mundo astral é
Mãe Nana. Nessa porta de passagem, ela atua sobre o nosso carma, conduzindo
esta transição com calma e serenidade. Mãe Nana é a calma absoluta, é a
maleabilidade e a decantação. Essa calma de Mãe Nana exige silencio, ela
descarrega e magnetiza o campo vibratório das pessoas, que se modificam,
passando a agir com mais ponderação, equilíbrio e maturidade. Maturidade é
sinônimo de sabedoria.
Ela age sobre os
espíritos decantando-os de seus vícios e desequilíbrios mentais preparando-os para
uma nova vida, mais equilibrada. Ela paralisa o ser, decanta-o de todo o seu
negativismo, afixa-o no seu barro, deixando-o pronto para atuação de Pai
Obaluaiê, que o colocará em uma nova etapa evolutiva. Ela é a divindade que
atua sobre todos os espíritos que vão reencarnar, pois decanta todos os seus
sentimentos, magoas e conceitos e os adormece, para que Obaluaiê reduza-os ao
tamanho de um feto no útero da mãe que os reconduzirá a carne. Mãe Nana envolve
o espírito que irá reencarnar, em uma irradiação que dilui os acúmulos
energéticos, assim como adormece sua memória, preparando-o para uma nova vida
na carne, na qual não se lembrará de nada do que já vivenciou, por isso ela é
associada a velhice, que é o estagio da vinda onde as pessoas começam a esquecer
de muitas coisas associadas a vida carnal. Ela atua na memória, adormece os
conhecimentos do espírito, para que eles não interfiram no destino traçado para
sua nova encarnação.
Mãe Nana Buruquê é um dos
Orixá mais respeitados na Umbanda, por se mostrar como uma vovó amorosa, sempre
paciente com nossas imperfeições como espíritos encarnados tentando trilhar a
senda da luz.
O Trono Feminino da
Evolução, Mãe Nana, está presente nas diversas culturas universais, na Umbanda
é sincretizada com Nossa Sra Santana. No Hinduismo é Shitala deusa da cura. Na
Grécia é Hecate deusa dos mortos e da noite.
Mãe Iemanjá
“Que a luz da vida os abençoe e ampare enquanto
viverem no meio carnal, pois assim poderão amparar a muitos que estão a sua
volta”
A Mãe da Vida – criativa
e geradora- é a Mãe Iemanjá, criada e gerada pelo Divino Criador, Olorum, para
ser um principio doador e amparador da vida. Ela atua com intensidade na
geração dos seres, das criaturas e das espécies. As características marcantes da
Mãe Iemanjá são o amor maternal, a criatividade e a geração. Ela simboliza o
amparo, a maternidade, amparando-os, encaminhando-os, protegendo-os até que
tenham suas consciências despertadas e estejam aptos a prosseguir. A
criatividade de Mãe Iemanjá torna os seres, criaturas e espécies capazes de se
adaptarem as condições e meios diversos. A geração irradia essa qualidade a
tudo e a todos, concedendo-lhes a condição de se fundirem, para se multiplicar
e se repetir. Iemanjá é a amada Mãe da Vida, pois gera vida em si mesma e
sustenta o nascimento. Ela é a água que reaviva os sentimentos e umidifica os
seres, tornando-os fecundos na criatividade. Ela rege o mar, que é um santuário
natural, um altar aberto a todos. Por isso, é chamada de Rainha do Mar, para onde
tudo é levado, para ser purificado e depois devolvido. Água é vida. A energia
salina das Sete Águas Divinas de Mãe Iemanjá cura as enfermidades do espírito,
queima larvas astrais resistentes e irradia energias purificadoras para o nosso
organismo. O mar é alimentador da vida e irradiador de energias que purificam o
planeta e o mantém imantado. Ao mar, se dirigem milhares de espíritos
após o desencarne, a procura de paz. Lá encontram um campo vasto para viver em
paz.
O trono feminino da
geração, Mãe Iemanjá, está presente nas varias culturas universais, na Umbanda
é sincretizada com Nossa senhora dos Navegantes. Na Grécia é Tétis deusa do
oceano.
Pai Omulu
“A morte é um ato da Vida”
Na umbanda, Pai Omulu é o
orixá que tem o recurso de paralisar todo o processo criativo ou gerativo que
se desvirtuar, se degenerar, se desequilibrar, se emocionar e se negativar.
Deus tanto gera quanto paralisa a criação que não mais atende aos seus
desígnios e suas vontades. Pai Omulu nos paralisa nos atos geradores desvirtuados,
das idéias, doutrinas, projetos, desejos, faculdades sexuais, princípios, leis,
etc. os atributos de Omulu são telúricos, pois é através da essência telúrica
que suas irradiações nos chegam, imantando-nos e despertando em nosso intimo os
virtuosos sentimentos de preservação de tudo que foi gerado pelo divino
criador. Pai Omulu é o orixá que rege a morte, ou seja, o desencarne, o
instante da passagem do plano material para o plano espiritual, conduzindo cada
um ao seu devido lugar. Omulu é a energia que se condensa em torno do fio de
prata, que une o espírito ao seu corpo físico, e o dissolve no momento do
desencarne ou da passagem de um plano para o outro. Essa energia que rompe o
fio pode tanto parti-lo rapidamente (quando a morte é natural e fulminante)
como pode ir se condensando em torno dele envolvendo-o todo até alcançar o
perispirito que já entrou em desarmonia vibratória (porque a passagem deve ser
lenta), induzindo o ser a aceitar o seu desencarne de forma passiva. Omulu é o
executor das almas que caíram e tem de purgar os seus erros no astral inferior,
também conhecido como umbral. Podemos orar a Pai Omulu para a cura das
enfermidades. Ele atuará no nosso magnetismo, no nosso corpo energético, no
nosso campo vibratório e no nosso corpo carnal, curando-nos ou possibilitando o
encaminhamento ao médico que fará isso.
O trono masculino da
geração, Pai Omulu, está presente nas varias culturas universais, na Umbanda é
sincretizado com São Roque. Na Grécia é Hades, no Hinduismo é Yama divindade da
morte, no Egito é Anúbis – o grande juiz dos mortos.
Referência: http://templodaluzdivina.com.br/index.php/artigos-de-umbanda/77-tronos
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