quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Wonderful Native American Indians, Shamanic Spiritual Music, Música De L...

OS TRONOS DE DEUS E OS SAGRADOS ORIXÁS

Pai Oxalá

“ Quem tiver a fé do tamanho de um grão de mostarda removerá montanhas” 
Jesus Cristo


A fé é o atributo principal de nosso Pai Oxalá. A fé não se ensina, ela é buscada ou fortalecida  no intimo da cada um. Não é fanatismo e não é apenas um sentimento; é um estado mental consciente e racional; é o reconhecimento do ser como criatura divina; é o elo com o divino criador. Nosso amado Pai Oxalá é, em si mesmo, essa qualidade Divina da Fé.
A fé é a consciência das faculdades que trazemos adormecidas em nosso intimo, que precisam germinar e crescer. Ela é a principal via evolutiva, pela qual trazemos o céu para a terra, sem precisar aguardar a morte do corpo físico para chegar até Deus. Com Fé temos Ele vivo, atuante, vibrante e gratificante em nós mesmos.
A fé se fundamenta em três pilares essenciais, que fortalecem o ser para que tenha bom êxito naquilo que quer, precisa ou pelo qual luta: crença, confiança e certeza. Na fé não existe duvida, ou se crê ou não se crê. Se confiarmos em Deus, positivamente e com otimismo, atraímos forças criadoras do Universo. Com a sólida certeza de que Deus está em tudo, presente na nossa vida.
A sintonia com o Altíssimo pela fé, gera um campo magnético de proteção, força interior, paz e equilíbrio, fazendo com que a força mental e espiritual se manifeste e se realize. Essa sintonia necessita de corações limpos, simples, corajosos e repletos de fé no divino criador Olorum. Os mecanismos da fé são ativados a partir do intimo de cada um ou se seu exterior. Ela se fundamenta com atitudes para conosco e para com nossos semelhantes.
Pai Oxalá  é um Orixá celeste, sua essência e vibração faz parte da coroa divina sustentadora do planeta, portanto é um orixá irradiante, ou seja Pai Oxalá irradia fé o tempo todo.
O Trono masculino da fé, Oxalá, é facilmente encontrado em várias culturas, na umbanda foi sincretizado com Jesus Cristo, símbolo da fé viva e encarnada. Na Grécia ele é  Apolo, na Índia é Brahma, no Hinduismo é Varuna e no Egito é Rá.


Mãe Oyá

“É na eternidade do Tempo e na infinidade de Deus que todas as evoluções acontecem”
Rubens Saraceni


Oyá é a Orixá regente do Tempo e seu campo de atuação é a religiosidade. Mãe Oya, tal com seu par Pai Oxalá, atua pela fé e está em tudo, em todos os lugares e todos os seres. Ela é em si mesma a religiosidade dos seres e é ordenadora do caos religioso.
Tempo é a cronologia Divina, é o meio onde tudo se realiza, pois na fica fora dele. Mãe Oyá atua no passado, presente e futuro, é a espiral sem fim que gira em duplo sentido e um dos seus atributos é a Lei do Carma. O giro no sentido horário cria uma ação positiva e ordenadora; no sentido anti-horário é esgotador, divisor, desmagnetizador. Na umbanda Mãe Oyá foi diferenciada de Mãe Iansã. Mãe Oyá atua exclusivamente no campo religioso e da religiosidade dos seres, enquanto Mãe Iansã, atua em todos os campos, na ordenação, aplicando a lei, envolvendo todos os sentidos.
Mãe Oyá e Pai Oxalá dão suporte a todas as manifestações de fé. Enquanto Pai Oxalá é irradiante, Mãe Oyá é orixá  cósmico e absorvente.
A atuação da mãe Oyá nos seres é simples, quando alguém pratica uma fé desvirtuada ou emocionada ela paralisa e desmagnetiza a fé ou a religiosidade. Caso a fé esteja apática, sem sentido, ela atua ativando a fé dos seres.
O trono feminino da fé, Mãe Oyá, é encontrada em varias culturas, na umbanda é sincretizada com Santa Clara, na Grécia é Éos ou Andrômeda, no hinduismo é Tara, no Egito é Nut , etc.


Mamãe Oxum

“ Ainda que eu falasse a língua dos homens, e que eu falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria”
Jesus Cristo -  carta aos Corintios Cap.13 vs 1


Mamãe Oxum é considerada a mãe do amor, da concepção, da afetividade, do carinho e da comunhão.É por ela que flui o Amor de Pai Olorum.Além de ser o orixá do amor, mamãe Oxum agrega e dá inicio ás coisas na vida dos seres. É Oxum quem mostra como tudo tem inicio no universo, é através do seu fator agregador que átomos e moléculas se juntam (agregam) dando origem a tudo que nos rodeia. A energia de Mamãe Oxum está presente em todos os seres e em toda a criação.
Mamãe Oxum simboliza o amor que gera, concebe, cria e inova as perspectivas dos seres. Sua irradiações estão presentes também na fertilidade e na fecundidade, que dão continuidade a vida dos seres.
O amor é uma conquista pessoal, como o amor fraterno, o amor por outra pessoa, pela religião, etc. É vencer egos, conceitos e preconceitos. Uma vez conquistado, nenhuma força negativa conseguirá tirar ou fazer-nos perder esse sentimento. Mas para que isso se intensifique e se fortifique em nós, devemos sempre estar em sintonia e afinidade com Mamãe Oxum. Essa sintonia irradia uma camada vibracional, que estruturará em nós sentimentos puros, determinação, paz interior, equilíbrio e principalmente força de vontade para entender e perdoar o próximo. Fortalecerá o mental e a espiritualidade de cada um, criando a nossa volta um escudo protetor, fazendo com que o amor se manifeste e se realize, gerando a fraternidade. O amor sempre esteve presente em nossas vidas, mesmo que nunca tenhamos percebido. Voltemo-nos de frente a mamãe Oxum e recebamos, a partir de hoje, toda a sua irradiação de amor e comecemos a amar a toda a criação, a nossa família, as pessoas que fazem parte de nossas vidas, os lugares que freqüentamos e, principalmente nossa religião que é a Divina Umbanda Sagrada. Vamos lembrar que mamãe Oxum é conhecida também como a Dona do Ouro, uma vez que o verdadeiro ouro da espiritualidade é o amor e através dele atraímos toda prosperidade, tanto para a materia quanto para o espírito.
O Trono Feminino do Amor, mamãe Oxum, é encontrada em varias culturas, na Umbanda é sincretizada com Nossa Sra da Concepção ou Nossa Senhora Aparecida. Na Grécia ela é Afrodite, no Egito é Isis.


Pai Oxumaré

Quando eu trouxer nuvens sobre a terra e nelas aparecer o arco-íris,
então me lembrarei da minha aliança com vocês e com os seres vivos de todas as espécies.
Gênesis 9:14,15


Renovar significa tornar novo, modificar, recomeçar, brotar. A renovação dos seres é o campo de atuação de Pai Oxumaré, que é representado pelo arco-íris.  Pai Oxumaré é a renovação continua, em todos os sentidos na vida de um ser.
Pai Oxumaré é um orixá cósmico, atua também diluindo energias, sentimentos, pensamentos negativos. Pai Oxumaré tem grande poder na diluição e anulação de vícios em todos os sentidos (vícios de bebida, drogas, sexualidade, etc.), por isso é um orixá absorvedor, retirando da vida dos seres todo tipo de interferência ou conduta negativa. Absorvendo e diluindo todas as formas de negativismo os seres ficam prontos para a renovação, para o recomeçar, e livres de seus vícios e negativismos torna-se apto a receber as irradiações dos outros tronos de Deus, ai a simbologia do arco-íris quer dizer que pai Oxumaré renova os seres trazendo para a vida deles as sete irradiações divinas (fé, amor, conhecimento, razão, lei, evolução e geração).
O Trono Masculino do Amor, Pai Oxumaré é encontrado em varias culturas, na Umbanda é sincretizado com São Bartolomeu, que aparece enrolado em uma cobra até a cintura. Na Grécia ele é Eros , para os Romanos é o Cúpido e no hinduismo é Kâma.doce (bicas, minas, etc)


Pai Oxossi

“Deus não impôs aos ignorantes a obrigação de aprender, sem antes ter tomado dos que sabem o juramento de ensinar”


O conhecimento é um dos alicerces básicos para continuarmos ou começarmos a nossa evolução, seja material ou espiritual. Nós o adquirimos com os fatos que acontecem em nossa vida, segundo o nosso grau de merecimento e o nosso grau de evolução. Olorum, conhece a todos os seres e criaturas da sua criação se manifesta no conhecimento, por intermédio Do orixá Oxossi. Muitas vezes sentimos um vazio dentro de nós e nada que procuramos adianta para preenche-lo. Mas, se nos depararmos com uma religião completa em si mesma, como é a Umbanda, se nosso interesse é despertado começamos a estuda-la profundamente, abre-se para nós um leque tão grande de conhecimentos acerca de toda a criação, que em pouco tempo estaremos incorporados a essa nova realidade e aquele vazio será preenchido. Mas, se usarmos esse conhecimento para o lado errado das coisas seremos paralisados em nossa evolução e bloqueados para aprender novas coisas.
Pai Oxossi é mesmo o conhecimento divino que ensina todas as pessoas a se conhecerem. É o orixá que irradia essa qualidade o tempo todo. O orixá Oxossi é o mistérios doutrinador por excelência e faz com que busquemos a compreensão e fixação do saber. OXO significa caçador, e OSSI significa noturno, logo Oxossi significa caçador noturno. É o Orixá caçador, que caça e busca  o conhecimento, que leva as pessoas o saber ordenado e sem desvirtuamento das doutrina divinas. Ele é o orixá que traz o alimento da fé e do saber religioso, tanto para os espíritos menos iluminados, quanto para os iluminados. Quando Oxossi atira a sua flecha, ele não erra o alvo e traz na ponta dela o conhecimento doutrinário para não haver estagnação mental das pessoas. Oxossi irradia duas linhas de ação: uma estimula o ser a buscar o conhecimento e a outra a usar o conhecimento em beneficio das pessoas. Oxossi também irradia as vibrações de cura e também é conhecido como grande cultivador e semeador, trazendo assim a fartura para a vida dos seres.
O trono masculino do conhecimento, ou Pai Oxossi, é encontrado em varias culturas, na Umbanda ele é sincretizado com São Sebastião, na Grécia é Quiron, das divindades romanas é fauno, no Egito é o deus Thoth o senhor da sabedoria.
  

Mãe Obá

A verdade vos libertará”
Jesus Cristo


Mãe Oba é uma divindade gerada em Deus na sua qualidade concentradora, que dá consistência e firmeza a tudo que cria. Ela é o elemento terra que dá sustentação e germina as sementes do conhecimento. Nossa amada Mãe Oba atua como concentradora do raciocínio dos seres e atua sobre a vida de todos os que dão mau uso ao dom do raciocínio e os conhecimentos que adquiriram. Ela é a qualidade divina que esgota os seres cujo raciocínio se desvirtuou, gerando falsos conceitos religiosos paralizadores da evolução e desequilibradores da fé. Como orixá cósmico ela atua sempre que é preciso acelerar a paralização de um ser que, com seus conhecimentos, está prejudicando muitas pessoas e atrapalhando suas evoluções, seguindo uma direção contraria a que a Lei Maior lhes reservou. Mãe Oba pune com rigor os sarcásticos, os sátiros que brincam com as coisas sagradas.
Ela nos livra da confusão, das duvidas, da má compreensão e dos erros. 
Ajuda a manter firmes nossos objetivos, o raciocínio e a determinação.
O trono feminino do conhecimento, Mãe Obá, é encontrada em varias culturas, na Umbanda é sincretizada com Santa Joana D’arc, embora pela historia também podemos relaciona-la com Iansã ou Oya, porém o sincretismo de Mãe Oba com Santa Joana D’arc se dá pelo fato de Oba ser uma divindade guerreira. Na Grécia é Demeter a deusa das colheitas, como deusa romana é Minerva que rege a sabedoria, para os Incas é Pachamama que é a mãe da terra.


Pai Xangô

“ Semeai para vós a justiça, ceifai segundo a misericórdia” Jer. 4:3


Pai Xangô é o orixá da justiça e seu campo de atuação é a razão, despertando nos seres o senso de equilíbrio e racionalidade, pois só conscientizado e despertado para os valores reais da vida a evolução pode fluir continuamente.
A irradiação da Justiça Divina é uma onda que nasce em Deus e alcança tudo e todos. Pai Xangô é o pólo positivo desta onda que equilibra tudo  desde a criação do universo até os sentimentos dos seres. Ele é irradiação continua e chega a todos, não deixa nada nem ninguém sem o amparo da Justiça Divina. Ele gera e irradia a chama da Justiça Divina que aquece o racional dos seres e abrasa os sentimentos íntimos relacionados com as coisas da justiça e da razão.
Pai Xangô atua através do mental e zela pela harmonia e pelo equilíbrio na caminhada evolutiva dos seres. É fundamental para a nossa evolução o desenvolvimento do senso de justiça , da razão, do equilíbrio, do juízo e de posturas sensatas, deixando um pouco de lado a emotividade e o instinto. Quem absorve a qualidade de Pai Xangô, torna-se racional, ajuizado, ótimo equilibrador do meio e dos que vivem a sua volta. A escolha racional nos leva ao equilíbrio da alma, pelo conhecimento da Lei que nos rege e nos diz o que é certo ou errado na vida. Se trilharmos nosso caminho no equilíbrio da Lei e da Razão iremos adquirir uma fé inabalável e nada do que realizarmos em nossa vida terá sido em vão, pois aqueles que se tornam conhecedores da Lei e da Razão não se incomodam em beneficiar seus semelhantes sem esperara nada em troca, a  servir sua família e seu circulo de amizades,  servir a sua comunidade religiosa e principalmente servir a Deus.
O trono masculino da justiça, Pai Xangô é encontrado nas diversas culturas universais, na Umbanda é sincretizado com São Geronimo. Na Grécia é Zeus, deus dos raios e trovões, no Egito é Horus, no Hinduismo é Shiva o deus que forma a terceira pessoa a trindade hindu (Brahma, Vishnu e Shiva), conhecido também como divindade nódica Thor representando o trovão e a justiça.


Mãe Egunitá

“Não há no mundo outro agente de purificação igual a chama da verdade espiritual.”
Bhagavad Gitã


Mãe Egunitá é a regente do fogo e da justiça divina, purifica os excessos emocionais dos seres desequilibrados, desvirtuados e viciados. Ela é uma divindade de natureza justiceira. O fogo de Mãe Egunitá, consumidor dos vícios e dos negativismos é temidissimo pelos seres que habitam as faixas vibratórias negativas. Esse fogo consome as energias dos seres negativados e desequilibrados, reduzindo a chama interior de cada um (energia ígnea) a níveis baixos, paralizando-os e anulando seus vícios emocionais e desequilíbrios mentais. Além de purificar os vícios, negativismos e desequilíbrios, ela purifica também os ambientes religiosos e residenciais, alem de purificar o intimo dos seres. Para essa mãe atuar em nossa vida basta que nos tornemos irracionais ou desequilibrados. O fogo é um elemento temido. Mãe Egunitá, no hinduismo é conhecida como a deusa Kali, divindade temida por aueles que desconheciam os mistérios e o poder do fogo. As energias de Mãe Egunitá propagam-se em forma de fagulhas ígneas que começam a imantar tudo o que está desequilibrado, até que se forme uma grande condensação magnética ígnea (como lava de vulcão), ai surgem as labaredas cósmicas que consomem os desequilíbrios, anulando sua causa e paralizando quem estava desequilibrado. Esse fogo purificador de Egunitá tem poder de purificar, de consumir tudo onde se condensou e, em certos casos fica apenas um vazio cósmico onde o fogo atuou.
O trono Feminino da Justiça, Mãe Egunitá é encontrada em diversas culturas universais, na Umbanda é sincretizada com Santa Sarah  também padroeira dos Ciganos. Na Grécia é a deusa Hestia, no Hinduismo é Kali divindade da purificação, como divindade celta é conhecida como Brighid deusa do fogo.


Pai Ogum

“Deus é a lei e a lei nos guia”


A Lei Maior é o campo de atuação de Pai Ogum, que ordena os procedimentos, os processos e as normas ditadas pelo Divino Criador. A Lei da Umbanda é essa Lei de Deus, justa e poderosa. As outras Leis estão dentro dela: carma, reencarnação, causa e efeito, afinidades, todas regidas por Pai Ogum.
Pai Ogum é a divindade que aplica a Lei Maior em tudo e em todos; ele é o comandante das batalhas celestes, sempre vigilante e imparcial pronto a agir, anulando tudo que for contra ela.
Pai Ogum é o senhor do movimento, o senhor dos caminhos, o senhor das estradas, o senhor que quebra as demandas, que arrebenta as amarras e nos liberta. Ele faz nossa vida se movimentar e, como bom ordenador, coloca as prioridades na frente, na hora certa. Ele ordena a fé, o amor, o conhecimento, a razão, a evolução e a geração, assim está atuante em todas as qualidades divinas.
Pai Ogum é o guardião do ponto de força que mantem o equilíbrio entre o alto e o embaixo.
Os caminhos são o seu ponto de força. Pai Ogum é o vigilante do caminho daqueles que dedicam sua vida para o bem, mas vigia, tanto os caminhos para cima como para baixo. Ele é o escudo protetor e luta para não deixar cair quem ele está protejendo.
O trono masculino da Lei, Pai Ogum, é encontrado em diversas culturas universais, na umbanda é sincretizado com S. Jorge.  Na Grécia é Ares, filho de Zeus, deus da guerra. No Hinduismo é Vishnu, a segunda pessoa da trindade Hindu.


Mãe Iansã

“As preces direcionadas a Olorum são ouvidas e nos colocam em sintonia direta com as divindades encarregadas de executar a Sua vontade”



O direcionamento é uma das qualidades de Deus, presente e ativo em tudo o que ele cria e gera, tanto animado quanto inanimado. Mãe Iansã é em si mesma essa qualidade do Divino Criador, ela é o próprio sentido de direção da Lei. É a aplicadora da Lei e ordenadora dos seres emocionados, esgotando seus desequilíbrios e vícios, direcionando-os e abrindo-lhes novos campos, por onde evoluirão de forma menos emocional.
Mãe Iansã é a divindade da lei cuja natureza é eólica, daí ser chamada de senhora dos ventos e das tempestades. Ela é o vendaval que desaba e a ventania que tudo faz balançar. Ela é o próprio sentido da direção da Lei e atua na vida do ser quando a direção que ele este esteja dando a sua evolução e a sua religiosidade não siga a linha reta traçada pela Lei Maior. Ela é o ar que areja o nosso emocional e proporciona um novo sentido da vida e uma nova direção ou meio de vida, renovando a fé na mente e no coração dos seres.
A essa mãe devemos pedir o nosso encaminhamento correto no encontro de novos empreendimentos,conhecimentos, religião, novas condições de vida, etc. como guardiã dos mistérios de Deus, ela anula as injustiças e dilui os acúmulos emocionais. Como divindade cósmica, ela tem como atribuição atrair magneticamente os espíritos negativos, recolhe-los em seus domínios e rete-los, até que esgotem seus negativismos, para só devolve-los as faixas neutras, de onde serão redirecionados para a luz ou para a reencarnação.
O trono feminino da lei, Mãe Iansã, é encontrada nas varias culturas universais, na umbanda é sincretizada com Santa Barbara. Na Grécia é Themis, guardiã da justiça.


Pai Obaluaiê

Evolução é a única razão básica da existência do ser. Existimos para evoluir”


Pai Obaluaiê é o orixá que atua na evolução dos seres. Pai Olurum cria e tudo gera, criou qualidades de estabilidade e evolução. Sem estabilidade nada se sustenta e sem transmutação tudo fuça parado.
Evoluir significa crescer, aprimorara, lapidar, transformar, crescer mentalmente, passar de um estagio para outro, reposição constante de valores, deixando para trás conhecimentos ultrapassados, hábitos e costumes inadequados, atitudes e posturas velhas e decadentes. Pai Obaluaiê é o orixá que desperta em cada um de nós a vontade irresistível de seguir adiante, de alcançar um nível de vida superior, para chegar mais perto de Deus. Ele é o orixá do bem-estar, da busca de melhores dias, de melhores condições de vida, de sabedoria e razão.
Pai Obaluaiê é o pai que, junto com Nana Buruquê sinaliza as passagens de um estagio de evolução para o outro.
Pai Obaluaiê é o senhor das passagens de um plano para o outro, de uma dimensão para a outra e vice-versa. É o orixá da cura, material e espiritual.
Na Umbanda Pai Obauaiê é conhecido como o senhor das almas, dos meios aceleradores de sua evolução. Quando Pai Obaluaiê incorpora em um médium e gira no Templo todos sentem uma serenidade e um bem estar intenso, pois ele traz a estabilidade, a calmaria e a vontade de avançar para  mais perto de Deus. Esse Pai rege a linha das almas ou corrente dos Pretos- velhos, que traz sua essência medicinal. Muitas pessoas se curam através das energias e irradiações de Pai Obaluaiê. O ponto de força de Pai Obaluaiê é o cemitério ou campo santo, uma vez que esses são os pontos de transição do espírito quando ele deixa a matéria e passa para o plano espiritual.
O trono masculino da evolução, Pai Obaluaiê, está presente nas diversas culturas universais, na Umbanda é sincretizado com São Lazaro. No Egito é Osíris divindade que vivencia o mundo dos mortos.


Mãe Nana Buruquê

“A sabedoria nos acomoda e revela os mistérios ocultos e sagrados”


A divindade que acompanha o nosso fim na carne, assim como nossa estrada, em espírito ,no mundo astral é Mãe Nana. Nessa porta de passagem, ela atua sobre o nosso carma, conduzindo esta transição com calma e serenidade. Mãe Nana é a calma absoluta, é a maleabilidade e a decantação. Essa calma de Mãe Nana exige silencio, ela descarrega e magnetiza o campo vibratório das pessoas, que se modificam, passando a agir com mais ponderação, equilíbrio e maturidade. Maturidade é sinônimo de sabedoria.
Ela age sobre os espíritos decantando-os de seus vícios e desequilíbrios mentais preparando-os para uma nova vida, mais equilibrada. Ela paralisa o ser, decanta-o de todo o seu negativismo, afixa-o no seu barro, deixando-o pronto para atuação de Pai Obaluaiê, que o colocará em uma nova etapa evolutiva. Ela é a divindade que atua sobre todos os espíritos que vão reencarnar, pois decanta todos os seus sentimentos, magoas e conceitos e os adormece, para que Obaluaiê reduza-os ao tamanho de um feto no útero da mãe que os reconduzirá a carne. Mãe Nana envolve o espírito que irá reencarnar, em uma irradiação que dilui os acúmulos energéticos, assim como adormece sua memória, preparando-o para uma nova vida na carne, na qual não se lembrará de nada do que já vivenciou, por isso ela é associada a velhice, que é o estagio da vinda onde as pessoas começam a esquecer de muitas coisas associadas a vida carnal. Ela atua na memória, adormece os conhecimentos do espírito, para que eles não interfiram no destino traçado para sua nova encarnação.
Mãe Nana Buruquê é um dos Orixá mais respeitados na Umbanda, por se mostrar como uma vovó amorosa, sempre paciente com nossas imperfeições como espíritos encarnados tentando trilhar a senda da luz.
O Trono Feminino da Evolução, Mãe Nana, está presente nas diversas culturas universais, na Umbanda é sincretizada com Nossa Sra Santana. No Hinduismo é Shitala deusa da cura. Na Grécia é Hecate deusa dos mortos e da noite.


Mãe Iemanjá

“Que a luz da vida os abençoe e ampare enquanto viverem no meio carnal, pois assim poderão amparar a muitos que estão a sua volta”


A Mãe da Vida – criativa e geradora- é a Mãe Iemanjá, criada e gerada pelo Divino Criador, Olorum, para ser um principio doador e amparador da vida. Ela atua com intensidade na geração dos seres, das criaturas e das espécies. As características marcantes da Mãe Iemanjá são o amor maternal, a criatividade e a geração. Ela simboliza o amparo, a maternidade, amparando-os, encaminhando-os, protegendo-os até que tenham suas consciências despertadas e estejam aptos a prosseguir. A criatividade de Mãe Iemanjá torna os seres, criaturas e espécies capazes de se adaptarem as condições e meios diversos. A geração irradia essa qualidade a tudo e a todos, concedendo-lhes a condição de se fundirem, para se multiplicar e se repetir. Iemanjá é a amada Mãe da Vida, pois gera vida em si mesma e sustenta o nascimento. Ela é a água que reaviva os sentimentos e umidifica os seres, tornando-os fecundos na criatividade. Ela rege o mar, que é um santuário natural, um altar aberto a todos. Por isso, é chamada de Rainha do Mar, para onde tudo é levado, para ser purificado e depois devolvido. Água é vida. A energia salina das Sete Águas Divinas de Mãe Iemanjá cura as enfermidades do espírito, queima larvas astrais resistentes e irradia energias purificadoras para o nosso organismo. O mar é alimentador da vida e irradiador de energias que purificam o planeta e o mantém imantado. Ao mar, se  dirigem milhares de espíritos após o desencarne, a procura de paz. Lá encontram um campo vasto para viver em paz.
O trono feminino da geração, Mãe Iemanjá, está presente nas varias culturas universais, na Umbanda é sincretizada com Nossa senhora dos Navegantes. Na Grécia é Tétis deusa do oceano.


Pai Omulu

A morte é um ato da Vida”


Na umbanda, Pai Omulu é o orixá que tem o recurso de paralisar todo o processo criativo ou gerativo que se desvirtuar, se degenerar, se desequilibrar, se emocionar e se negativar. Deus tanto gera quanto paralisa a criação que não mais atende aos seus desígnios e suas vontades. Pai Omulu nos paralisa nos atos geradores desvirtuados, das idéias, doutrinas, projetos, desejos, faculdades sexuais, princípios, leis, etc. os atributos de Omulu são telúricos, pois é através da essência telúrica que suas irradiações nos chegam, imantando-nos e despertando em nosso intimo os virtuosos sentimentos de preservação de tudo que foi gerado pelo divino criador. Pai Omulu é o orixá que rege a morte, ou seja, o desencarne, o instante da passagem do plano material para o plano espiritual, conduzindo cada um ao seu devido lugar. Omulu é a energia que se condensa em torno do fio de prata, que une o espírito ao seu corpo físico, e o dissolve no momento do desencarne ou da passagem de um plano para o outro. Essa energia que rompe o fio pode tanto parti-lo rapidamente (quando a morte é natural e fulminante) como pode ir se condensando em torno dele envolvendo-o todo até alcançar o perispirito que já entrou em desarmonia vibratória (porque a passagem deve ser lenta), induzindo o ser a aceitar o seu desencarne de forma passiva. Omulu é o executor das almas que caíram e tem de purgar os seus erros no astral inferior, também conhecido como umbral. Podemos orar a Pai Omulu para a cura das enfermidades. Ele atuará no nosso magnetismo, no nosso corpo energético, no nosso campo vibratório e no nosso corpo carnal, curando-nos ou possibilitando o encaminhamento ao médico que fará isso.
O trono masculino da geração, Pai Omulu, está presente nas varias culturas universais, na Umbanda é sincretizado com São Roque. Na Grécia é Hades, no Hinduismo é Yama divindade da morte, no Egito é Anúbis – o grande juiz dos mortos.


Referência:  http://templodaluzdivina.com.br/index.php/artigos-de-umbanda/77-tronos